Nome Comercial/ Apresentação
Citocaina (cloridrato de prilocaina com felipressina) 3% / Carpule
Classe Terapêutica
Anestésicos locais
Indicação
Citocaina é indicado para a anestesia de infiltração e bloqueio nervoso regional em Odontologia, onde não há necessidade de isquemia profunda na área injetada.
Dose
Doses Indicadas: A dose máxima de Citocaína® 3% é de 4,5 mg/kg de peso corpóreo sem ultrapassar 400 mg (equivalente a 7 carpules); a dose deve ser reduzida em pacientes clinicamente comprometidos, debilitados ou idosos. Recomenda-se que pacientes cardiopatas e demais comprometimentos sistêmicos relatados anteriormente, recebam no máximo 5 carpules por consulta.

Tempo de Latência e Duração de Ação: O tempo de latência é de 2 a 4 minutos. Os tempos esperados de duração da ação anestésica são: 60 a 90 minutos para anestesia pulpar e de 3 a 5 horas para anestesia de tecidos moles. O tempo de meia-vida plasmática é de aproximadamente 90 minutos.
Ajuste de dose
Insuficiência renal: não há ajustes de dosagem previstos na bula do fabricante.
Insuficiência hepática: não há ajustes de dosagem previstos na bula do fabricante.
Preparo
Manter os carpules em sua embalagem original até o momento do uso, ao abrigo da luz. Não autoclavar os carpules. Não mergulhar os carpules em qualquer solução esterilizante. Antes de utilizar o produto, o profissional deve observar se existe precipitação, partículas em suspensão, turvação e alteração na coloração do produto. Existindo, não utilizar o produto. Administrar a menor dose necessária para produzir anestesia eficaz, nunca ultrapassando a dose máxima recomendada.
Vias de administração
PARENTERAL, COM INJEÇÃO INTRA-ÓSSEA, CONJUNTIVAL E INTRACANAL
Administração
Carregamento da seringa com os carpules: Os seguintes passos deverão ser obedecidos durante o preparo da seringa tipo carpule clássica:
1. Desinfetar o diafragma de borracha do carpule com uma gaze embebida em álcool isopropílico a 91% ou álcool etílico a 70%.
2. Carregar a seringa com o carpule, com atenção para seu posicionamento correto.
3. Após o fechamento da seringa, inserir a agulha descartável.
4. A agulha deve penetrar a borracha em posição perpendicular, no centro e equidistante das bordas do lacre. Caso contrário, podem ocorrer vazamentos.
5. Ao recarregar a seringa, retirar a agulha e repetir os passos seguintes. Caso contrário, poderá entortar a agulha e resultar em vazamento.
6. Ao iniciar a técnica anestésica local, realizar aspiração prévia, de acordo com a seringa escolhida. Havendo sangue dentro do carpule, troque o carpule.
7. Injetar lentamente o conteúdo do carpule (mínimo 2 minutos por carpule).
8. Não reutilize o carpule, mesmo que tenha apenas perfurado com a agulha e não utilizado seu conteúdo. O risco de contaminação do seu conteúdo inviabiliza sua utilização.
Todo material potencialmente contaminado deve ser encaminhado para destruição conforme política local de destinação de resíduos hospitalares.
Para os aparatos eletrônicos, seguir as especificações do fabricante.
Cuidados específicos e monitoramento
A segurança e eficácia do AL está ligada diretamente a administração da dose apropriada, uso da técnica correta de injeção e a aplicação das devidas medidas de precaução e prontidão para ocorrência de emergências, permitindo o estabelecimento do tratamento adequado para a reversão do quadro. Em vista disso, as condições clínicas do paciente devem ser avaliadas previamente a intervenção e consideradas na escolha do AL adequado. O profissional deve possuir equipamento de reanimação, oxigenação e fármacos para uso imediato. O paciente deve ser avisado para ter cuidado para não traumatizar os lábios, língua, mucosa da bochecha ou palato mole quando estas estruturas forem anestesiadas. A ingestão de alimentos deve ser adiada até a volta da função e sensibilidade normais.
Uso em crianças: A principal preocupação com pacientes pediátricos é a relativa facilidade de alcançar superdosagem, assim, antes da administração do AL à criança, o dentista deve determinar o peso da criança e calcular a dose máxima. Aconselha-se selecionar a solução contendo a menor concentração de anestésico e vasoconstritor, usar o mínimo volume necessário para alcançar a anestesia ideal, e conhecer a solução anestésica empregada. Outro fato a se considerar é a relação existente entre a prilocaína e o surgimento de metemoglobinemia em indivíduos pressupostos, o que alerta ao não uso em pacientes anêmicos.
Uso em idosos: Em pacientes idosos, as funções metabólicas, renais e hepáticas encontram-se geralmente diminuídas, portanto deve-se ter o cuidado de administrar a menor dose suficiente para obtenção do efeito anestésico.
Uso em portadores de disfunções hepáticas e cardiopatas compensados: utilizar pequena quantidade de AL (até 2 carpules). Para pacientes com insuficiência cardiovascular clinicamente significativa (ASA III ou IV), a dose máxima recomendada é de 0,27 UI (até 5 carpules).
Uso em portadores de doenças renais: Pacientes com insuficiência renal podem apresentar um ligeiro aumento dos níveis plasmáticos do AL ou seus metabólitos e um aumento no potencial de toxicidade. Para estes pacientes utilizar menor dose necessária, limitando-se a 2 carpules por sessão.
Uso em pacientes com distúrbios mentais: Relatar aos responsáveis o risco de traumatismos pós-anestesia, observando atentamente se o paciente não está mordendo lábios, bochechas e língua, nem tampouco consumindo alimentos muito quentes, que causariam queimaduras extensas.
Carcinogenicidade, mutagenicidade e diminuição da fertilidade: Ainda não foram conduzidos estudos realizados em animais com o uso de prilocaína para avaliar o potencial carcinogênico e mutagênico ou efeitos sobre a fertilidade.
Categoria de risco na gravidez – C
Uso de Citocaína® 3% durante a gestação: Não foram realizados estudos em animais nem em mulheres grávidas sobre o uso deste medicamento. A prescrição deste medicamento depende da avaliação do risco/benefício para o paciente. O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício
Interações medicamentosas


Estabilidade/ Conservação
Conservar à temperatura ambiente de 15 a 25 ºC protegido da luz. O prazo de validade do Citocaína® 3% é de 24 meses.
Reações adversas
Reações adversas após a administração de cloridrato de prilocaína são similares em natureza das reações observadas com os outros AL do tipo amida. Essas reações são, geralmente, dose-dependentes e podem ser resultado de uma concentração plasmática elevada. A taxa de mortalidade é bastante reduzida o que transforma essa classe de medicamentos altamente segura (1/853.050). Os seguintes efeitos são os mais frequentemente relatados:

Observação:
Outras reações observadas abaixo das frequências mencionadas acima:
– Insucessos na anestesia local
– Reações psicogênicas (tal como: hiperventilação ou síncope vasodepressora).
Reações alérgicas: São caracterizadas, por lesões cutâneas, urticária, edema ou reações anafiláticas. RARA
TRATAMENTO: CHAMAR O SOCORRO SE A REAÇÃO ALÉRGICA FOR GRAVE.
a) Reações cutâneas imediatas: Desenvolvem em 60 min.
b) Administrar oxigênio.
c) Administrar 0,5 mL de adrenalina 1:1000 (adultos), por via intramuscular/subcutânea.
d) Encaminhar ao médico especialista.
e) Administrar um Anti-histamínico.
Em casos graves, chamar o Socorro Médico e monitorar o paciente até a sua chegada.
Parestesias: Lesão nervosa é a causa principal, podendo ocorrer por lesão cirúrgica ou química. Muitas são transitórias e desaparecem em 8 semanas, embora algumas reações possam permanecer permanentemente. MUITO RARA
Contraindicações
O uso de Citocaína® 3% é contraindicado nos casos de hipersensibilidade conhecida a AL do tipo amida, felipressina ou outros componentes da fórmula, como os parabenos, pacientes que apresentem hipertermia maligna (hiperpirexia), metemoglobinemia idiopática ou congênita, hemoglobinopatias (anemia falciforme), pacientes em uso de paracetamol e fenacetina ou outros fármacos indutores de metemoglobinemia, insuficiência hepática, pacientes submetidos à diálise renal, insuficiência cardiovascular significativa e tireotoxicose (hipertireoidismo).
O uso de Citocaína® 3% é contraindicado durante a gravidez devido à ação ocitócica da felipressina. Prilocaína + felipressina = Classe de risco de gravidez C
Uso de Citocaína® 3% durante a gestação: Não foram realizados estudos em animais nem em mulheres grávidas sobre o uso deste medicamento. A prescrição deste medicamento depende da avaliação do risco/benefício para o paciente.
Fonte:
Citocaína®. [Bula]. São Paulo: CRISTÁLIA – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?numeroRegistro=102980330:: 13/08/2025
