Nome Comercial e Princípio Ativo / Apresentação:
Cloridrato de Doxorrubicina / Solução injetável 2 mg/mL (Frasco-ampola com 10 mg/5 mL ou 50 mg/25 mL)
Classe Terapêutica:
Antineoplásico, antibiótico antraciclínico citotóxico.
Indicação:
Tratamento de diversas neoplasias: leucemias agudas, tumor de Wilms, neuroblastoma, sarcomas ósseos e de partes moles, carcinoma de mama, linfomas (Hodgkin e não Hodgkin), carcinoma broncogênico, carcinoma de tireoide, hepatoma, carcinoma de ovário e carcinoma não metastático de bexiga por via vesical.
Dose:
Agente único: 60–75 mg/m² IV a cada 21 dias.
Terapia combinada: 25–50 mg/m² IV em 3 dias consecutivos, repetido a cada 3–4 semanas.
Dose Máxima:
Dose acumulada máxima de 550 mg/m² (400 mg/m² em idosos 70 anos ou em pacientes de risco cardiovascular).
Ajuste de dose:
Insuficiência hepática: Bilirrubina 20–50 mmol/L ou BSP 9–15%: ½ da dose; Bilirrubina >50 mmol/L ou BSP >15%: ¼ da dose.
Não há ajuste específico para insuficiência renal. Cautela em idosos e obesos.
Uso pediátrico segue posologia de adultos.
Vias de administração:
Exclusivamente intravenosa. Também pode ser usada via intravesical em carcinoma de bexiga.
Preparo:
Diluir em solução fisiológica 0,9% ou glicosada 5%. Administrar em capela de fluxo laminar com EPI adequado.
Não misturar com heparina, dexametasona, fluoruracila, hidrocortisona, diazepam, furosemida ou cefalotina.
Administração:
Infusão IV lenta (3–5 minutos), preferencialmente em veia central de grosso calibre.
Intravesical: 80 mg diluídos em 100 mL SF 0,9%, instilar e manter por 1h com mudança de decúbito.
Cuidados e orientações:
Monitorar função cardíaca, hepática e hematológica antes e durante tratamento. Risco de cardiotoxicidade, mielossupressão e extravasamento (necrose local). Urina pode ficar avermelhada por até 2 dias após uso.
Interações Medicamentosas:
Aumenta toxicidade com ciclofosfamida, dactinomicina, mitomicina, paclitaxel, propranolol, bloqueadores de canal de cálcio, radioterapia, vacinas de vírus vivo, hepatotóxicos e outros mielossupressores.
Estabilidade / Conservação:
Conservar refrigerado (2–8°C), protegido da luz.
Após diluição, estável por até 7 dias sob refrigeração e protegido da luz.
Contraindicações:
Hipersensibilidade à doxorrubicina, antraciclinas ou excipientes; insuficiência cardíaca grave; mielossupressão ou estomatite severa induzidas por quimioterapia ou radioterapia; via intravesical contraindicada em tumores invasivos, Infecção do trato urinário, cistite, hematúria.
Reações adversas:
Comuns: mielossupressão, leucopenia, náuseas, vômitos, alopecia, estomatite, mucosite, urina avermelhada.
Menos comuns: trombocitopenia, anemia, rash, urticária, amenorreia, azoospermia, conjuntivite. Graves: insuficiência cardíaca congestiva, cardiomiopatia, leucemia mieloide secundária.
Fonte: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Bulário Eletrônico: Cloridrato de doxorrubicina. Disponível em: <https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=cloridrato%20de%20doxorrubicina>. Acesso em: 19 set. 2025.
